sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A defesa.

Fico espantado ao ver que para defender os possíveis votos vale tudo. Vale ser, neste curto período, super religioso. E defender, é claro, pontos genéricos que praticamente todas as religiões tem em comum.
Hoje vejo na gazeta do povo que o tucano José Serra defende o posicionamento do Santo Pontífice da igreja Católica Bento XVI alegando que o mundo precisa ouvir mais que devemos defender a vida.

Discordo completamente com o discurso de que ao descriminalizar o aborto estaríamos fazendo um ataque a vida. Será que aquela mulher que não quer este filho, mas se vê obrigada a pari-lo, não terá uma vida pior ao ter o filho? Será que esta criança não será infeliz sem saber ou entender o por que de sua mãe rejeita-lo? Será...? São muitos serás. Muitas perguntas que não somos capazes de responder. São questões que não devem ser proibidas pelo Estado. Este deve proporcionar que os cidadãos sejam amparados e possibilitar que ao decidirem por fazer um aborto ou uma eutanásia o façam com segurança, que possam preservar a vida.
A vida da mãe que não deseja um filho. A vida dos familiares que não conseguem viver por que não são capazes de se libertar de algum parente que vegeta a X anos e que não tem probabilidade nenhuma de melhora.

Quem nunca passou por uma dessas situações não tem o direito de condenar a decisão de quem está passando.
Defender a vida mais muito além de um pedir uma morte.

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